CUMPLICIDADE
Queria agora a sensação do voo das águias.
uma pequena ideia dos vales mais distantes e de
suas úmidas e verdes floresta com rios e corredeiras
e aqueles desvios/desvarios de intensos riscos
escondendo animais a espreitar o ser
lá no rio, livre, natural, selvagem.
Porém, soberbo, não olha para alto lá no céu e assim estando longe,
não escuta o grito da ave de rapina.
Fêmea! Protetora de sua espécie e de outras tantas.
Ah ! Como eu queria piar-gritar ao homem-selvagem,
para espreitar-lhe o perigo e, assim, ele, frágil e sem temer,
se tornasse ao ouvir o meu ser ágil,
o parceiro natural da ave sentindo-se recompensado pelos caminhos que percorreu
no vale verde infinito e distante de mim.
Fosse ele cúmplice dessa ave em voo
que não toca ao chão, mas sente
a terra banhada, as pedras do rio e as dores passadas.
Ah! Que não se deixe ele, esse ser-selvagem do rio,
ser dominado pelo medo-doentio
do vale, dos desafios naturais alardeados e
espreitados no voo da Águia Gentil.