terça-feira, 20 de setembro de 2011

Autorais

CUMPLICIDADE

Queria agora a sensação do voo das águias.

uma pequena ideia dos vales mais distantes e de

suas úmidas e verdes floresta com rios e corredeiras

e aqueles desvios/desvarios de intensos riscos

escondendo animais a espreitar o ser

lá no rio, livre, natural, selvagem.

Porém, soberbo, não olha para alto lá no céu e assim estando longe,

não escuta o grito da ave de rapina.

Fêmea! Protetora de sua espécie e de outras tantas.

Ah ! Como eu queria piar-gritar ao homem-selvagem,

para espreitar-lhe o perigo e, assim, ele, frágil e sem temer,

se tornasse ao ouvir o meu ser ágil,

o parceiro natural da ave sentindo-se recompensado pelos caminhos que percorreu

no vale verde infinito e distante de mim.

Fosse ele cúmplice dessa ave em voo

que não toca ao chão, mas sente

a terra banhada, as pedras do rio e as dores passadas.

Ah! Que não se deixe ele, esse ser-selvagem do rio,

ser dominado pelo medo-doentio

do vale, dos desafios naturais alardeados e

espreitados no voo da Águia Gentil.